Wednesday, September 20, 2023

ARTE URBANA

Uma petição pública 'online' pede a retirada de esculturas colocadas na Praça do Município de Lisboa e em Belém, por considerar que ofende a imagem da cidade, e defende a criação de um regulamento para obras de arte no espaço público.

Desconhecia as razões desta petição pública, aliás, desconhecia mesmo a existência destas obras de arte (más ou boas, são obras de arte, até prova em contrário), até ler um artigo de Rui Moreira no Público, a propósito da polémica levantada com a remoção ou não remoção da escultura - Amores de Camilo - no   Largo Amores de Perdição, em frente da antiga Cadeia da Relação.

Escreve Rui Moreira no Público - Uma polémica “à Porto” - ---"As câmaras recebem muitas propostas e ofertas e são livres de não as acolher. Veja-se como Moedas foi chacinado ao aceitar a oferta a Lisboa das estátuas dos médicos. Compreendo que haja quem discorde e se mobilize. É legítimo, desde que não se recorra a leituras intolerantes." Não refere Rui Moreira a escultura colocada na Praça do Município - "Pareidolie" - . Porquê? 

Sem discordar destas afirmações, que transcrevi, de Rui Moreira, concordo, no essencial, com a petição enviada à Câmara Municipal de Lisboa.
E concordo porque, se fosse obrigatório o consenso público sobre estas obras, porque se impõem aos que por elas passam, ter-se-ia evitado a colocação de muitos mamarrachos em praças, largos, mas sobretudo rotundas, espetados à toa por quase por todo o país. 
Não é, no entanto, do nosso ponde de vista, o caso das esculturas de homenagem aos médicos que combateram a pandemia. 
Fomos lá vê-las (não vimos ainda a instalada na Praça do Município): têm peso, volume, grandeza e valor estético que escapa à pertinência das críticas de Cristina Guerra e subscritores da petição enviada ao presidente da CMLisboa. 
Ontem, 21/09, estivemos na Praça do Município, não vimos a "Pareidolie". Para onde foi? 

11.02.2023 - Inaugurada escultura de homenagem aos médicos  

"O conjunto escultórico 'Heróis da pandemia' foi inaugurado sexta-feira dia 10 de fevereiro, em Belém, pelo presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas e pelo bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, numa homenagem ao trabalho dos médicos que estiveram na linha da frente na pandemia de Covid-19. ...
 As duas imagens, que agora podem ser vistas no Passeio Carlos do Carmo, junto ao rio, resultam de uma parceria entre a Câmara de Lisboa e a Ordem dos Médicos e são da autoria do Mestre Rogério Abreu." 
 
 
 
"A escultura, havia sido inaugurada na Praça do Louvre, e foi agora doada à cidade de Lisboa. É uma das cinco obras existentes em todo o mundo, do artista plástico francês, de ascendência portuguesa, Alexandre Hopare Monteiro.
Uma “escultura que significa a dignidade dos portugueses”, sublinhou Carlos Moedas, na cerimónia de assinatura do contrato de doação da obra, que teve lugar a 24 de janeiro, no Salão Nobre dos Paços do Concelho. Até 31 de janeiro, a Praça do Município é palco de uma exposição do artista Alexandre Monteiro (Hopare)."

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