Uma petição pública 'online' pede a retirada de esculturas colocadas na Praça do Município de Lisboa e em Belém, por considerar que ofende a imagem da cidade, e defende a criação de um regulamento para obras de arte no espaço público.
Desconhecia as razões desta petição pública, aliás, desconhecia mesmo a existência destas obras de arte (más ou boas, são obras de arte, até prova em contrário), até ler um artigo de Rui Moreira no Público, a propósito da polémica levantada com a remoção ou não remoção da escultura - Amores de Camilo - no Largo Amores de Perdição, em frente da antiga Cadeia da Relação.
Escreve Rui Moreira no Público - Uma polémica “à Porto” - ---"As câmaras recebem muitas propostas e ofertas e são livres de não as acolher. Veja-se como Moedas foi chacinado ao aceitar a oferta a Lisboa das estátuas dos médicos. Compreendo que haja quem discorde e se mobilize. É legítimo, desde que não se recorra a leituras intolerantes." Não refere Rui Moreira a escultura colocada na Praça do Município - "Pareidolie" - . Porquê?
Sem discordar destas afirmações, que transcrevi, de Rui Moreira, concordo, no essencial, com a petição enviada à Câmara Municipal de Lisboa.
E concordo porque, se fosse obrigatório o consenso público sobre estas obras, porque se impõem aos que por elas passam, ter-se-ia evitado a colocação de muitos mamarrachos em praças, largos, mas sobretudo rotundas, espetados à toa por quase por todo o país.
Não é, no entanto, do nosso ponde de vista, o caso das esculturas de homenagem aos médicos que combateram a pandemia.
Fomos lá vê-las (não vimos ainda a instalada na Praça do Município): têm peso, volume, grandeza e valor estético que escapa à pertinência das críticas de Cristina Guerra e subscritores da petição enviada ao presidente da CMLisboa.
Ontem, 21/09, estivemos na Praça do Município, não vimos a "
Pareidolie". Para onde foi?
11.02.2023 -
Inaugurada escultura de homenagem aos médicos
No comments:
Post a Comment