Tuesday, September 19, 2023

QUEM PAGA A RASPADINHA?

Cerca de 100 mil pessoas em Portugal têm problemas de jogo com as “raspadinhas” 

“Do ponto de vista legislativo, as recomendações seriam que se pudesse ponderar medidas que venham a diminuir ou a tornar mais consciente a acessibilidade a este tipo de jogo, por exemplo, através da obrigatoriedade de um cartão de jogador, em que a pessoa possa auto-excluir-se e em que há maior possibilidade de se identificarem comportamentos desadaptativos e patológicos. Também devíamos ter campanhas informativas que ajudem as pessoas a ter maior literacia acerca deste jogo, porque o que vimos é que há muitas pessoas que gastam muito dinheiro em 'raspadinhas' mas que nos dizem que não jogam jogos de sorte e azar ao longo do ano. Não têm a percepção de que a 'raspadinha' é um jogo de sorte e de azar e que, na esmagadora maioria das situações, é mesmo um jogo de azar”,

Maioria dos jogadores de raspadinha tem rendimentos abaixo de 1000 euros. "São os pobres a financiar os mais pobres"

Vício da raspadinha afeta cem mil adultos, 30 mil de forma patológica: são os mais pobres, velhos e com pior saúde mental os que mais jogam 

 


Santa Casa acumula prejuízos num ano sem contas aprovadas

Há 15 anos, escrevi isto sobre os jogos de azar, monopólio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
Depois voltei ao assunto várias vezes neste caderno de apontamentos.
Para quê?
Para nada. 
Já o relatório da Universidade do Minho que hoje foi notícia do dia terá força mediática suficiente para pressionar o governo a meter mãos nesta matéria pesada? 
E responsabilizar aqueles que fizeram da Santa Casa da Misericórdia uma fonte de perdas avultadas, prejudicando as funções assistenciais que estatutariamente lhe competem? Ou ficará tudo remediado em família?
 

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