No El País de hoje pergunta-se "¿Por qué España ha perdido tanto dinero con el rescate bancario y otros países no?
E Portugal?
Segundo
dados calculados pela Comissão Europeia Portugal, terá perdas de cerca
de 7% do PIB no resgate ao sistema bancário, um valor muito superior ao
de Espanha (4,3% do PIB), muito mais que a média dos custos suportados
pelos 28 países da UE (1,5%) e mais de três vezes e meia que na euro
zona (1,9%).
Pior que Portugal, a Irlanda (17%), Grécia (15,6%), Eslovénia (13,3%), Chipre (10,7%)
Para o articulista do El País, a opinião generalizada dos economistas vai no sentido de apontar, em Espanha a culpa de tantas perdas à "la tardanza en reaccionar y la profundidad de la crisis promotora e inmobiliaria" .
Por cá, também durante muito tempo políticos e banqueiros, incluindo o Banco de Portugal, insistiram no convencimento da opinião pública que o sistema estava sólido e não havia bolha imobiliária em Portugal.
Não diziam a verdade.
Mesmo hoje, depois do suporte dado pelos contribuintes à quase totalidade dos bancos, o sistema não está sólido, e, avisa o FMI no World Economic Outlook divulgado em meados de Julho, "há um legado de problemas por resolver no sistema bancário europeu, em particular nos bancos italianos e portugueses". É certo que a colocação, a semana passada, pela Standard and Poor´s, do rating da República Portuguesa fora da zona de lixo,
irá reduzir os juros nas contas públicas e particulares, e ouviu-se
esta manhã o ministro das Finanças reafirmar a redução da dívida pública
para 127,9% no fim do ano.
Assim seja. Mas mesmo que assim seja a dívida ainda se manterá em níveis elevados relativamente ao PIB (dos mais elevados do mundo) e extremamente sensíveis às taxas de juro, que não se manterão para sempre a rasar o zero.
Assim seja. Mas mesmo que assim seja a dívida ainda se manterá em níveis elevados relativamente ao PIB (dos mais elevados do mundo) e extremamente sensíveis às taxas de juro, que não se manterão para sempre a rasar o zero.
De braço dado e punho esquerdo erguido os camaradas Jerónimo de Sousa e Arménio Carlos andam desassossegados com a "ditadura do défice e da dívida" e, coerentemente, continuam a repudiar os ratings mas a aproveitar a folga dada pela S&P.
No actual contexto político, contudo, as ameaças subsistem mais do lado da banca que do político partidário.
Pelo menos é assim que nos vêm os outros. E isso conta, ainda que o PCP e seus satélites continuem a pregar o contrário.
---
Correl . - (19/09)
* Recapitalização da CGD deve ir toda ao défice A posição preliminar do Eurostat defende que toda a recapitalização da CGD deve ter impacto no défice. As autoridades nacionais discordam e enviaram novos argumentos para tentar evitar um impacto que colocaria o défice acima dos 3% do PIB. (19/09)
Parlamento volta a debater a sustentabilidade da dívida
Casalinho e PS divergem no alongamento da maturidade da dívida
Rússia prepara resgate de mais um banco (20/09)
No actual contexto político, contudo, as ameaças subsistem mais do lado da banca que do político partidário.
Pelo menos é assim que nos vêm os outros. E isso conta, ainda que o PCP e seus satélites continuem a pregar o contrário.
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Correl . - (19/09)
* Recapitalização da CGD deve ir toda ao défice A posição preliminar do Eurostat defende que toda a recapitalização da CGD deve ter impacto no défice. As autoridades nacionais discordam e enviaram novos argumentos para tentar evitar um impacto que colocaria o défice acima dos 3% do PIB. (19/09)
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