Tuesday, April 18, 2017

O MILAGRE DO ZIGUEZAGUE

Segundo me é dado aperceber pelo que leio, a redução da despesa incidiu sobre o fornecimento de serviços e produtos, e presumo que haverá algum mérito nisso.

A redução do investimento público em equipamento não tem colocado em causa, suponho, o regular funcionamento dos serviços. E quanto ao investimento em infraestruturas, as câmaras têm-se encarregado de animar alguns empreiteiros locais. Há agora ciclovias desde norte a sul, em Bragança até instalaram escultura no começo do traçado ao longo do Fervença. 






Em Bragança 22 quilómetros de ciclovias integram um plano de desenvolvimento de 25 milhões de euros.
Em Lisboa, é o que por aí se vê de obras que, são favas contadas, irão garantir a vitória do sr. Fernando Medina em Outubro. 

Quanto ao facto de descer o défice e subir a dívida só há uma explicação possível e nenhum milagre: há despesa que vai à dívida mas escapa ao défice: por exemplo, mas um exemplo pesadíssimo, as contribuições dos contribuintes para equilibrar os bancos desequilibrados, que têm sido quase todos. 

Quanto à instabilidade da geringonça, parece que é mesmo assim que a coisa funciona: como um borracho que ganha equilíbrio de cada vez que parece que vai entornar-se para um lado, caminha aos ziguezagues e não cai.

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