Soube-se ontem à tarde que o Ministério Público decidiu arquivar o processo de inquérito que envolvia o srs. Oliveira e Costa e Dias Loureiro. O ex-ministro e ex-dirigente do PSD Dias Loureiro e o antigo presidente do BPN e ex-secretário de Estado José de Oliveira e Costa estavam indiciados pelos crimes de burla qualificada, branqueamento e fraude fiscal qualificada, num processo que deu os primeiros passos há oito anos.
O sr. Dias Loureiro, em declarações ao DN de hoje, diz-se - vd. aqui - "estarrecido" com o despacho de arquivamento, que tem 101 páginas, concluindo o Ministério Público que não conseguiu reunir prova suficiente que confirmasse os indícios de crime de burla, mantendo, contudo, todas as suspeitas."
O sr. Dias Loureiro tem sobejas razões para estar estarrecido, e outras tantas, para limpeza das suspeitas, acusar em sede competente o Ministério Público por difamação.
Talvez possa, até, vir a provar que o BPN não faliu, nem foi nacionalizado, nem os contribuintes foram chamados a pagar largos milhares de milhões engolidos por muitos buracos abertos por vários ratos.
Se não, continuará suspeito até completo destrinçamento do novelo que engendrou.
Ele e todos os envolvidos em processos com contornos semelhantes ou muito mais complexos à espera do despacho do Ministério Público que, por incapacidade congénita ou incompetência não ultrapassada, nem acuse nem limpe as suspeitas que sobe eles impendem.
É o mistério público.
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