Friday, June 03, 2016

INVÁLIDOS BANCÁRIOS

"...  Problemas de saúde como colesterol elevado ou fígado gordo têm sido suficientes para garantir a reforma por doença e invalidez a centenas de funcionários bancários com mais de 55 anos e 35 anos de trabalho. Estas reformas têm sido incentivadas por vários bancos através de indemnizações e outras vantagens, como aconteceu este ano no Montepio, que desta forma garantiu a saída de 167 trabalhadores.
Estas reformas, em alguns casos com uma antecedência de dez anos face à idade normal de reforma no sector, têm custos inferiores para os bancos, quando comparadas com outras soluções para cortar trabalhadores, mas sobrecarregam a Segurança Social, que recebeu os fundos de pensões e ficou responsável pelo pagamento destas prestações... "- aqui
A moscambilha não é de agora, tem precedentes antigos.
A redução dos quadros dos bancos fez-se frequentemente com reformas por inteiro forjadas com atestados médicos de invalidez fictícia encomendados pelos bancos e pelos bancários envolvidos. 
O que agora torna a manobra notícia é o facto do número de inválidos ser elevado, em consequência das reduções de efectivos forçadas pela evidência do barro dos pés dos bancos, e o facto de as custas do logro caírem por inteiro nas contas da segurança social a partir da integração dos fundos de pensões dos bancos na segurança social.  

Um segredo de polichinelo que é a permissão de um roubo público e que só persiste porque conta com a conivência impune dos envolvidos, incluindo os médicos e o ministério da Segurança Social. 

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