Se a realidade ultrapassa frequentemente a ficção, a suposição pode ultrapassar tudo.
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Admitamos que por negligência, grave ou apenas descuido, uma mãe (ou o pai, ou ambos) causa a morte de uma filha. A reacção normal perante um horror tão insuportável é a auto condenação que a poderá levar até ao suicídio. Se o desespero for controlado pela medida de sentimento de culpa, no limite oposto a culpada tentará disfarçar as causas mentindo à sociedade e, inevitavelmente, a ela própria.
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Poderá chegar a uma situação extrema de ocultação do cadáver e anunciar que a filha desapareceu? Talvez.
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Mas terá essa mulher (ou esse homem, ou ambos) motivações para encenar uma acção mediática que tem envolvido meio mundo, incluindo o Papa, reclamando a restituição da filha supostamente rapatada? No campo das hipóteses, como diria o amigo banana, tudo é possível. Até o inconcebível.
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Para a polícia também. É possível que lá faça umas horas o amigo banana.
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