Quando, a 10 de Julho, coloquei aqui uma nota neste caderno de apontamentos, com o mesmo título/pergunta do apontamento de hoje, fui colocado no bloco de "Velhos do Restelo".
Não era a primeira vez que abordava a questão, antes pelo contrário, fui observando e comentando a excessiva importância dada ao turismo no nosso país, muito influenciado pelo que observara há várias décadas na minha cidade, premiada com uma praia então considerada a rainha, esgotou-se o encanto da praia por razões naturais e conjunturais e a cidade perdeu a sua pouca actividade não turística.
Reganhou actividade industrial, anos mais tarde, com uma indústria de dimensão internacional, por mero acidente político, mas foi um ganho sem grande mérito dos locais, ainda e sempre a olhar para a tiara perdida.
Hoje lê-se no Público - "Lisboa prostituída" -, um artigo de um comentador norte-americano.
Começa assim:
"Há muito que evito ir à Baixa de Lisboa, mas, neste dia, resolvi arriscar. E inevitavelmente encontrei o que receava: na Rua das Portas de Santo Antão, uma multidão de turistas segue um guia que debita para um microfone com alto-falante as suas sábias curiosidades sobre o local. Apenas metade do seu rebanho o ouve, mas todos os outros transeuntes, incluindo os que estão nas esplanadas, são obrigados a suportar o assédio sonoro. No meio da confusão, passam bicicletas de serviços de entrega de comida e trotinetas ziguezagueiam na zona pedonal. Numa esquina, vários “vendedores ambulantes” oferecem abertamente marijuana a quem passa..."
Sugere-se a leitura até ao fim.
Sugere-se a leitura até ao fim.
act. - 19/08
Segundo o que venho a ouvir na rádio, o Governo vai alterar (ou já alterou?) a lei do alojamento local com o objectivo de o facilitar, dificultando aos residentes habituais, frequentemente há muitos anos, a possibilidade de se oporem à introdução de um negócio no prédio em que residem sem que tal possibilidade tenha sido prevista nos contratos de arrendamento subscritos.
Será uma alteração que para além de violar o estabelecido nos contratos de arrendamento de apartamentos em prédios construidos para habitação é facilitador do "turismo de massas", "sem massa", com impacto na economia nacional mais que discutível.
Não senhor primeiro-ministro, o crescimento económico e social deste país não se consegue suportando-se num sector explorado com processos terceiro mundistas, criador de emprego nem sequer medianamente qualificado.
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