Tuesday, November 07, 2017

OS DESPOJOS DO DIA





7 de Novembro de 1917


7 de Novembro de 2017


4 comments:

Pinho Cardão said...

Desta vez, não percebo a mistura, caro Rui. Há dias assim, em que um indivíduo não deve sair de casa...

Rui Fonseca said...



Amigo António,

O comentário ao dia de ontem não pretende misturar mas comparar.
O título, que entretanto modifiquei (antes, "Os despojos da revolução", agora "Os despojos do dia") para ser mais directo à origem que o influenciou, foi-me sugerido pela leitura do livro do Prémio Nobel da Literatura de 2017.

Em "Os Despojos do Dia" de Kazuo Ishiguro, um "Mordomo" reflecte sobre o sentido da (sua) vida para no fim concluir que, tendo-se sempre conduzido pelos melhores propósitos, segundo a sua auto avaliação, a sua vida (as nossas vidas) tinha sido determinada por circunstâncias, em muitos casos equívocas.

Sem a mínima pretensão de resumir num comentário, sem qualquer palavra ou imagem da minha lavra, o equívoco resultante dos propósitos dos revolucionários de 7 de Novembro de 1917,
pareceu-me pertinente colocar, lado a lado, dois dos principais esbirros que, cem anos depois, ameaçam, como nunca alguém alguma vez pôde ameaçar, a paz do mundo, e até a sobrevivência da espécie humana.

Pinho Cardão said...

Caríssimo Rui:
Com toda a estima, continuo a não perceber nada, mas mesmos nada, da mistura ou, nas tuas palavras, da comparação, agora destes dois. E, ainda mais, porque te conheço. Continuo a dizer que há dias em que é melhor nem sair de casa...ou escrever posts no excelente Aliás. Mas não é um dia de enorme trovoada que pode apagar uma amena primavera. Por isso, um mero dia mau!...
PS: Por mim, em vez de alterar o título, o que rectificava era o resto...

Rui Fonseca said...


Obrigado, António, pelos teus comentários.
Aqui, no Aliás, prezam-se muito as discordâncias.

Ontem comentei as tuas observações e hoje acrescentei mais uma imagem que importei de outro site de modo a completar o quadro dos despojos da revolução de 7/11/1917 observados no dia 7/11/2017.
Por razões que me escapam, ao tentar acrescentar-lhe uma referência a esta alteração no meu apontamento, apaguei, sem recurso de o recuperar, o comentário colocado ontem.

Tento agora resumir o que então escrevi: Dos três períodos do meu comentários, creio que os dois primeiros não são polémicos. Presumo, portanto, que são as afirmações feitas no terceiro que mereceram a tua forte discordância.
As discordâncias são salutares e mutuamente respeitáveis, sobretudo quando ocorrem entre amigos de longa data.

Os despojos de uma revolução ocorrida há cem anos não se captam, obviamente, com o confronto entre duas imagens (agora três) mas é inquestionável, do meu ponto de vista, que nos dias que correm, cem anos depois da revolução russa, os protagonistas principais no palco mundial, que ameaçam desencadear a guerra global e o fim da espécie são o ditador norte-coreano Kim Jong-un e o imprevisível burlesco Mr. Trump, presidente da, ainda, maior potência mundial.

Por trás da cortina, espreita e manobra o czar da Rússia.