...
- E o anúncio público de que o Infarmed vai ser transferido para o Porto não é também um erro a aumentar ao conjunto de falhas, muito graves, deste governo nos últimos quatro meses?
- E o Passos Coelho, quantos erros e falhas enormes não cometeu Passos Coelho?
- Cometeu muitos, e muito graves, certamente. Se quiseres poderemos falar do Passos Coelho. Não sou partidário, não tenho constrangimentos para criticar, ou aplaudir, se for caso disso, qualquer governo. Mas do que estávamos a falar era deste governo, e, muito concretamente, do desconcerto da protecção civil que não protegeu, como devia, as pessoas e os bens atingidos pelos fogos, do roubo, ainda por esclarecer, das armas de Tancos, do surto de legionella num hospital público, ....
- Não houve incêndios no tempo de Passos Coelho?, não houve legionella em Vila Franca? não houve uma política que atingiu sobretudo os mais desprotegidos?
- Houve tudo isso, mas não vamos divergir para aí, senão teríamos de falar do desgoverno de Sócrates, quando Sócrates sai, já a crise ia alta. Não vamos agora falar de Sócrates, pois não?
- Não sei se Sócrates fez tudo o que dizem para aí que ele fez. E quanto a Passos Coelho, não leste, na semana passada, que o gabinete anti-fraude da Comissão Europeia contrariou as conclusões do Ministério Público português considerando que a Tecnoforma, de Passos Coelho, cometeu graves erros na gestão de fundos europeus?
- Li, mas o que é que tem a ver a burla na Tecnoforma com anúncio da transferência do Infarmed para o Porto? Foi à volta do caso Infarmed que começámos a nossa conversa ...
- Todos os políticos cometem erros.
- Lá isso é verdade. Mas por essa ordem de raciocínio não se criticam nenhuns, ou, então, embrulhamos-nos em empatar razões apontando os erros de uns contra os erros, erros e roubos, dos outros. Os partidos usarão essas tácticas, as pessoas livres de baias políticas, não.
- Roubos ... Neste país, toda a gente rouba!
- Tu, também?
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