Sunday, November 05, 2017

NÃO CHAMEM A POLÍCIA


A segurança privada é um negócio em crescimento exponencial.
Há casos, e não são poucos, em que de segurança pouco fazem.
Refiro-me a funções de recepcionista em serviços públicos. Não consigo entender porque contratam órgãos do Estado serviços a empresas privadas para este tipo de trabalhos. 
Percebe-se que, até, a segurança de instalações militares esteja entregue a privados?

Por outro lado, percebe-se que o controlo de entradas de passageiros com bagagens nos aeroportos portugueses esteja entregue a uma empresa privada?

Quanto à questão que tem estado a abrir os noticiários, estamos a falar de um tipo de segurança onde impera a lei da força bruta.
Há pouco, passava num canal de televisão num espaço público o repetido relato dos acontecimentos nas proximidades da discoteca.

Alguém esclarecia:

"Aquilo não teve nada a ver com a discoteca. Foi o dono de uma rulote que, ali perto, vende bifanas e cachorros, que pediu ajuda porque foi ameaçado de assalto. Aliás, era bom que a polícia já tivesse visto o cadastro criminal do rapaz que foi atacado pelos seguranças"

Por que não chamou o dono da rulote a polícia?
Porque a polícia não tem força?

Comentário colocado aqui

Ainda a propósito de segurança pública:

Há dias, na noite de 31/10 para 1/11, a juventude daqui deste lugar, alguma dela acompanhada de mamãs e papás, entretinha-se a brincar ao halloween. Talvez para lhe dar alguma originalidade, alguns grupos rebentavam petardos.  Isto, na sequência de um período dramático de incêndios que relembrou aos mais esquecidos ou mais irresponsáveis que estava proibido o lançamento de artefactos de fogo.
Telefonámos à GNR local.
Respondeu-nos, quem nos atendeu, que já tinham conhecimento do que relatava, e que colegas seus  já estavam a dirigir-se para o local. Eram cerca de 22 horas. Ouvimos petardos até à meia noite. 
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Correl. O Jogo da Cabra Cega

2 comments:

Pinho Cardão said...

Meu caro Rui:
Obrigado pela atenção que deste ao meu post.
A segurança do cidadão é uma das missões essenciais do Estado e, assim, dos governos. Acontece que os governos, e este particularmente, andam é ocupados com os seus lóbis e potenciais eleitores, esquecendo por completo o interesse público. O governo procura assegurar mais Estado para os seus, deixando de haver Estado para muitos. Nos recentes incêndios, o cidadão não contou com qualquer Estado, sendo abandonado à sua sorte.
Quanto à polícia, a sua não comparência ou demora na comparência temo que se venha transformando em legítima defesa. Qualquer intervenção que vá um pouco além da persuasão dá normalmente lugar a processo disciplinar, suspensão e um chinfrim dos diabos na comunicação social. Os bandidos infractores sabem disso. Por outro lado, noticiava há dias um jornal que os polícias têm que pagar a farda caso se rompa ou deteriore em qualquer intervenção. Sendo assim, a vantagem está toda do lado dos bandidos. Mas é isto que o politicamente correcto ordena.

Rui Fonseca said...


Obrigado, António, estou eu pelo teu contributo.

Abç