Provavelmente, nada feriu mais profundamente o orgulho norte-americano do que os ataques de 11 de Setembro de 2001. Pearl Harbour aconteceu em contexto de guerra e fora do território do continental dos EUA, o número de combatentes caídos no Havai foi inferior ao número de vítimas mortais civis de 11/9.
Quinze anos depois, familiares das vítimas conseguiram fazer passar no Congresso uma lei que permite colocar a Arábia Saudita no banco dos réus por alegado envolvimento nos ataques suicidas.
Que meio de prova será usado para demonstrar aquele envolvimento, não é do conhecimento público.
O Presidente Obama vetou a lei, alegando que ela será, certamente, invocada como precedente por outros povos contra, nomeadamente, as suas representações diplomáticas e os seus militares em missões fora do país. Mas este será o primeiro veto de Obama a ser contrariado pelo Congresso.
O que leva os congressistas a muito maioritariamente - no Senado, a votação foi esmagadora de 97 a favor e apenas 1 contra - aprovarem uma lei susceptível de colocar os EUA em múltiplas situações de retaliação jurídica?
Os EUA vão eleger o próximo presidente, e, democratas e republicanos, não querem assumir hoje a responsabilidade das consequências futuras do seu voto rejeitando esta lei, arriscando a perda de votos a 8 de Novembro. A demagogia, já se sabe, vence sempre a democracia de vistas curtas.
Vd. aqui a história deste acontecimento que promete fazer disparar outras no futuro.
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