Mafalda,
Afigura-se-me que a Mafalda atirou para o alvo ao lado para atingir a mouche que lhe interessava: a defesa de quotas na atribuição de lugares de responsabilidade de topo.
Sou dos que pensam que as mulheres deveriam prescindir desse falso apoio.
As mulheres têm vindo a demonstrar que não são mais nem menos competentes que os homens no exercício das mais diversas funções, incluindo as de comando.
Basicamente, o argumento da Mafalda é este: o António Guterres não será secretário-geral porque o lugar não é atribuido em função do mérito relativo dos candidatos mas de outros critérios (sexo, origem geográfica) que o colocam de fora.
E talvez tenha razão.
Mas desvaloriza a sua defesa de uma mulher na posição porque, implicitamente, reconhece que as candidatas serão, eventualmente, menos meritórias do ponto de vista dos atributos não fundados no sexo e na origem.
Aliás, se a perspectiva da Mafalda é muito correcta, as audições públicas dos candidatos serão uma farsa e a ONU não merece Guterres.
São?
A minha opinião não se sustenta no eventual mérito de A Guterres porque a manteria se o merecedor, ou a merecedora, fosse outro, português ou não.
Sunday, August 28, 2016
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment