Monday, May 31, 2010

EUROCIDAS

Casualmente, ou talvez não, são sobretudo ingleses e norte-americanos aqueles que auguram o fim do euro ou propõem o abandono da moeda única aos países mais endividados, e, para começar, a Grécia.
Como a saída do euro implicaria uma desvalorização da moeda repescada (no caso da Grécia, a desvalorização proposta pelo CEBR* seria de 15%) e a dívida aumentaria na mesma proporção, os analistas ingleses sugerem ao governo grego que unilateralmente declare as dívidas tituladas na moeda depreciada.
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Quem paga a diferença?
Os bancos credores, que são, sobretudo, franceses e alemães. Uma ideia pouco subtil, portanto.
A outra ideia em mente destes analistas auto reclamadamente independentes, que eles não ousam desvendar por enquanto, é o fim da União Europeia.  
São uns pseudogénios, estes eurocidas.
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Resta acrescentar que desde Dezembro do ano passado o euro já observou uma desvalorização de 15% contra o dólar, conforme se refere aqui. Mesmo que caia outros 15% ainda se situará a um nível que estará  longe do seu mínimo contra a moeda norte-americana desde a sua criação. Chegará?
Por outro lado se a intenção é aumentar a competitividade das exportações gregas dentro da UE como é que se torna perdurável a permanência de um membro do clube que unilateralmente decide não pagar o que deve aos outros? Não será mais adequada a negociação e a reestruturação da dívida? Será, mas contraria as propensões dos eurocidas.
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* GREECE URGED TO GIVE UP EURO

THE Greek government has been advised by British economists to leave the euro and default on its €300 billion (£255 billion) debt to save its economy.

The Centre for Economics and Business Research (CEBR), a London-based consultancy, has warned Greek ministers they will be unable to escape their debt trap without devaluing their own currency to boost exports. The only way this can happen is if Greece returns to its own currency.

Greek politicians have played down the prospect of abandoning the euro, which could lead to the break-up of the single currency.

Speaking from Athens yesterday, Doug McWilliams, chief executive of the CEBR, said: “Leaving the euro would mean the new currency will fall by a minimum of 15%. But as the national debt is valued in euros, this would raise the debt from its current level of 120% of GDP to 140% overnight.

“So part of the package of leaving the euro must be to convert the debt into the new domestic currency unilaterally.”

Greece’s departure from the euro would prove disastrous for German and French banks, to which it owes billions of euros.

McWilliams called the move “virtually inevitable” and said other members may follow.

“The only question is the timing,” he said. “The other issue is the extent of contagion. Spain would probably be forced to follow suit, and probably Portugal and Italy, though the Italian debt position is less serious.

“Could this be the last weekend of the single currency? Quite possibly, yes.”

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