Da leitura dos três capítulos, transcritos aqui, do prefácio ao volume VIII de "Roteiros" do PR, evidenciam-se duas fatalidades:
vinte anos de anemia económica e a
inevitabilidade de um consenso que envolva pelo menos os três maiores partidos representados na AR.
O resto é alinhamento dos fundamentos de conclusões em vias de fabrico.
O produto acabado é outro.
Porque, das duas uma:
ou a dívida pública é renegociada para níveis suportáveis, em termos de prazos e custos,
ou continuará imparável a dívida e a emigração. É esta também a perspectiva com que há muito tempo tenho vindo a concordar neste bloco de notas.
O PR, coloca-se numa posição de resguardo institucional, como lhe manda a idiossincrasia, e retira, tardiamente, a conclusão de que para cumprir os tratados é forçoso que se entendam os que costumam governar. Tardiamente, porque, volto a repetir-me desdes há quase três anos, nunca deveria ter o PR aceitado dar posse a um governo que não incluísse os três subscritores do memorando de entendimento com a troica. Aliás, não deveria ter mesmo dado posse ao segundo governo (minoritário) de Sócrates, numa altura em que os sintomas da crise estrutural da economia se tinham agudizado. Depois, foi sempre tarde.
"Os
Portugueses devem ser esclarecidos e estar bem conscientes das novas
regras europeias de disciplina orçamental, já que elas irão condicionar,
de forma profunda, a vida nacional nos próximos anos."
Não senhor PR.
Acerca dessa matéria já estão os portugueses mais que esclarecidos. O que os portugueses precisam não é que lhes recordem os termos de contratos que eles não têm possibilidade de cumprir, mas de saber quem e como se propõe renegociar os contratos que os condenam a mais duas décadas de subserviência e emigração.
O que os portugueses não precisam de saber, porque já sabem, quem é, e continuará a ser, chamado a pagar uma factura que uma coligação perversa de políticos e banqueiros, nacionais e estrangeiros, engendrou, mas quem e como se propõe renegociar tratados (quer na ordem interna quer na ordem externa) assinados em nome dos contribuintes portugueses sustentados no risco imoral que os toma como fiadores sem recurso.
O que os portugueses precisam de saber não é apenas que funções públicas queremos e quanto teremos de pagar por elas mas quem e como lhes diga que medidas tomar para que essas funções mereçam aquilo que recebem. Os portugueses precisam, por exemplo de saber, quem e como se propõe cortar cerce com o descaramento de um aparelho judicial que arrasta um processo que valia um milhão de euros para o mandar arquivar ao fim de oito anos.
Mudar de roteiro.
1 comment:
e se os eleitores não mudarem de rumo vamos ter vinte anos de jotinhas/holandinhso que osunicos empregos que criam são os das 230 comixoes para colocar os jotinhas amigos com produção «»0
Post a Comment