Comentário colocado no post, com o mesmo título, no
A Destreza das Dúvidas
O futebol deve, em grande parte, a sua popularidade ao número diminuto de regras e à clareza e perenidade das mesmas. Por isso toda a gente se sente à vontade para as discutir.
Mas o futebol é também um negócio. A FIFA congrega os interesses internacionais desse negócio.
No dia em que as discussões das leis, regras e tutti quanti do futebol, caíssem nas mãos dos juízes, advogados e outras profissões afins, em Portugal, nunca mais ninguém saberia quem seria legitimamente elegível para representar Portugal nas competições internacionais.
A FIFA tem mais membros que a ONU, disse o Madaíl e eu acredito.
Todos os seus membros se comprometeram, quando entraram, a respeitar determinado número de regras. Se o Madaíl não se impõe ao Loureiro, a FIFA diz: muito bem, façam jogar quem vocês muito bem entenderem mas aqui deixam de ter entrada, porque o Circo não pode parar se uma parelha de palhaços em vez de divertir a malta se põe a discutir. A FIFA não pode ir nessa, porque seria o descalabro do negócio.
E a FIFA tem razão.
Se aos Juízes, em Portugal, for pedido para meter o bedelho no futebol, acontecerá ao futebol o que acontece na economia: a maior bagunça porque ninguém se sente compelido a cumprir compromissos e contratos.
Mas dir-me-ão: aqui, do que se trata não é de leis do futebol mas de direito das obrigações, dos contratos entre entidades empregadoras e empregados. E a FIFA responde: Compete à Federação proceder à verificação dos processos e homologar os contratos. Para nós, e por compromissos assumidos entre todas as partes válidamente representativas, quem decide é a Federação.Se a autoridade desta é posta em causa, façam favor de sair. Passamos bem sem vós.
E passam. Alguem tem dúvidas?
Wednesday, September 06, 2006
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