Foi assim que Vítor Gonçalves entrevistou Gouveia e Melo, muito sobretudo porque tem sido muito referenciado como possível próximo Presidente da República. Uma hipótese que praticamente teve a sua origem logo que foi reconhecidamente bem sucedida a sua capacidade e determinação de organizar o combate civil a um fantasma que assustou a generalidade dos portuguses e, afinal, quae todos os povos do mundo: a pandemia “covid 19”.
A ciência tinha feito um trabalho notável na criação de vacina contra o flagelo, ainda que muitos a tenham descreditado. Uma vez criada a vacina, tratava-se de organizar o combate operacional com a arma disponibizada pela ciência. Gouveia e Melo, uma vez incumbido de organizar e dirigir esse combate, foi, inquestionavelmente, bem sucedido e os portugueses, em geral, reconhecm-lhe esse mérito.
Não sendo muito evidente que outra personalidade possa, mais reconhecidamente, assumir funções para presidir à República, Gouveia e Melo tem vindo a ser colocado pelas sondagens como preferido pelos portugueses para a função. Haverá outros com estatura e mérito equiparado. Talvez Guterres, se Guterres se dispuser a candidatar-se renunciando às actuais funções de Secretário-Geral das Nações Unidas para as quais foi eleito até meados de 2026; as presidenciais em Portugal ocorrerão em Janeiro de 2026.
Vítor Gonçalves perguntou a Gouveia e Melo se pensa em candidatar-se à presidência da Republica.
Insistiu na pergunta alterando-lhe, repetidamente, a forma sem alterar o objetivo de ouvir de Gouveia e Melo uma resposta precisa. Não conseguiu: Gouveia e Melo, invocando razões da sua condição militar, escusou-se a dizer não e, pelas mesmas razões, não se afirmou candidato enquanto não chegar o tempo que, segundo ele, ainda não chegou para assumir publicamente uma posição sobre a possibilidade de ser candidado em Janeiro de 2026.
Vítor Gonçalves deslocou a entrevista para uma questão também, se não ainda mais, relevante nas actuais circunstâncias de iminência de um enfrentamento bélico generalizado na Europa face à escalada da ofensiva russa na Ucrânia susceptível de envolver a NATO.
Devem os portugueses envolver-se num eventual confronto da Rússia contra qualquer país da NATO?
Resposta inequívoca de Gouveia e Melo: sim. Sei que ninguém quererá ouvir que tropas portuguesas participem numa guerra. Os militares não gostam da guerra. Mas não podem ignorar que ou nos defendemos ou seremos esmagados. Não podemos, não devemos, renunciar a combater se as ameaças de confronto se concretizarem. Devemos preparar-nos para essa hipótese e falar claro aos portugueses. É fundamental falar claro.
Gouveia e Melo foi, a este respeito, muito claro.
Duvido que outro eventual candidato seja capaz de tanta clareza acerca de um assunto incómodo, impopular, porque preferirão continuar a assobiar para o ar.
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