Wednesday, July 26, 2017

O QUE FALHOU EM MAÇÃO?

Há um mês ouvi, em entrevista de um canal de televisão, o coordenador da Protecção Civil Municipal de Mação informar que, tendo sido o concelho devastado por incêndios pavorosos no passado, tinham sido adoptadas medidas e instalados meios para enfrentar novas ameaças que pudessem vir a ocorrer.

Transcrevo parte de um artigo publicado a 24 de Junho no Jornal de Notícias sobre o mesmo assunto:

"Com um longo historial de incêndios e mais de 120% (?) do território fustigado pelos fogos nas últimas décadas, o concelho de Mação desenvolveu um conceito de reordenamento do território florestal e deu armas de defesa e combate às aldeias.
Em declarações à Lusa, António Louro, coordenador da Proteção Civil Municipal, disse que Mação fez distribuir dezenas de motobombas por todas as aldeias do concelho, "para um primeiro combate enquanto os bombeiros não chegam", e criou o sistema McFire, ferramenta informática que permite levar a informação sobre a zona de combate para o posto de comando e monitorizar o desenvolvimento do fogo em tempo real.
Com mais de uma centena de pequenos aglomerados populacionais espalhados pelos 41 mil hectares do território de Mação, essencialmente florestal, o objetivo da distribuição de motobombas é "dar alguma capacidade de autoproteção às populações das aldeias mais isoladas", tendo a autarquia promovido ainda a criação de grupos de autodefesa."

Hoje, informa o Diário de Notícias que, em Mação, 

"Perto de 20 mil hectares já terão ardido no concelho de Mação, no distrito de Santarém, afirmou hoje o vice-presidente da Câmara Municipal, António Louro, referindo que há "cinco a sete casas" de primeira habitação destruídas.
Área ardida corresponde a quase 50% da área total do concelho. Vila de Mação pode ser confrontada com as chamas nas próximas horas".

Entretanto, o que mais tem mobilizado a eterna querela entre partidos, neste caso a propósito dos fogos florestais, tem sido o exacto número de pessoas encaminhadas para a estrada da morte em Pedrogão Grande ... 
Não porque sejam inconscientes do ridículo dos seus argumentos mas porque na caça aos votos não os impede o país a arder. 

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