Wednesday, November 06, 2024

DIA DA VERGONHA

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Ontem foi o dia do ódio.
 
E confirmou-se a primeira das duas hipóteses: Trump, vencedor em todas as frentes,  é agora detentor de poder quase absoluto sobre os norte-americanos e os que, de um modo ou outro, confiaram nos compromissos assumidos nos tratados, comerciais ou políticos, subscritos pelos representantes máximos que os norte-americanos elegeram.

Hoje é o dia da vergonha.

Da vergonha dos muito instruídos, superiormente habilitados e, supostamente, inteligentes, que foram amplamente derrotados pelos deploráveis, ignorantes, sem formação superior. 
 
Da vergonha da intelectualidade multicultural derrotada pelo supremacismo branco.  

Da vergonha dos democratas europeus, incapazes de enfrentar a ambição imperialista de Putin, protegido de Trump, e suster o alastramento das autocracias que crescem a olhos vistos em solo europeu como há cem anos. 

De vergonha dos que em nome dos democratas europeus se apressam a curvar-se perante Trump e nenhum, nem um somente, se apresenta hoje em Kyiv para estar ao lado do povo ucraniano, em qualquer frente e não apenas em lugares onde ainda subsiste alguma segurança perante os iminentes ataques russos, norte-coreanos, chechenos, e o que mais adiante se verá. 

De vergonha das empresas de sondagens e dos meios de comunicação social que deram amplíssima expressão pública da sua escandalosa incompetência.
 
Das ridículas declarações, nem obrigatórias nem consequentes, feitas em nome dos portugueses, de, entre outros, do Presidente da República e do Ministro dos Negócios Estrangeiros. 

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