"A Europa tem uma cultura que convém proteger sobretudo face a modos de estar que reagem fortemente aos valores que constituem os pilares da sua civilização.
Soçobrar na sua defesa acarreta o risco de um regresso às trevas da Idade Média.
Basta
não fechar os olhos ao que se está a passar em muitas cidades
europeias, onde hordas de fanáticos religiosos estão a impor
comportamentos abomináveis nos guetos que dominam, para perceber a
relevância dessa defesa.
Lamentável será deixar à iniciativa da extrema-direita a denúncia dessas situações e a defesa desses valores.
Quem se revê na democracia e na liberdade não poderá deixar de ter um papel activo nessa defesa."
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Totalmente de acordo contigo, JB.
Só
não penso que a citação de palavras com conotações religiosas possa ser
uma barreira à expansão de práticas que são contra a cultura europeia.
Nos
EUA, onde a diversidade religiosa é bem maior do que a que se observa
na Europa, adoptaram a expressão "Winter Break" para este período do
ano, sem que isso tenha beliscado a celebração do Natal pelas famílias
cristãs. O Hanukka que, como bem sabes é uma festividade religiosa
judaica que se prolonga desde a tarde de domingo de 28 de novembro até à
tarde de 6 de janeiro (mês judaico) coincidindo em grande medida, aliás
ultrapassa, o período das festividades das comunidades cristãs,
católicas, ortodoxas, etc. As comunidades indianas celebraram o Durga
Puja este ano entre 11 e 15 de outubro. Os chineses celebram com grande
exaltação o primeiro dia do ano chinês ... etc., etc, etc.
Como se conciliam convivências num mosaico tão diversificado?
Em
França, onde a questão da expansão islâmica está a pôr os nervos dos
franceses "puros" em pulgas, o assunto está a estremecer a democracia
fundada na liberdade, igualdade e fraternidade. Parece, segundo alguns, necessário juntar laicismo. O "Expresso" deste fim de semana, publica um interessante artigo sobre o assunto - Porque tem a França tanto medo de Deus?
Se
a Europa tem crescimentos demográficos insuficientes, as entradas de
imigrantes exigem políticas concertadas e adequadas ao fenómeno. É
difícil, pois é, mas não se podem suportar em raciocínios do tipo
"Querem-nos tirar o Natal!, um dia destes colocam todas as obras dos
grandes pintores que exaltam o cristianismo na fogueira!"
Isto
porque a Comissária da UE para a Igualdade, além de outras propostas,
algumas das quais também considero ridículas, se atreveu, mas já recuou,
a propor que passem a ser omitidos termos com conotações religiosas em
documentos oficiais.
O Natal não corre qualquer perigo se deixar de ser referido em documentos oficiais. É
uma celebração cristã no dia 25 de dezembro, a 7 de janeiro nos países
eslavos e ortodoxos, com origem na celebração do nascimento do Deus Sol
no solstício de inverno e ressignificada pela Igreja Católica no século
III para estimular a conversão dos povos pagãos sob o domínio do
Império Romano, passando a comemorar o nascimento de Jesus de Nazaré . A Wikipédia é um manancial de sapiência! E ainda por cima, gratuito.
É o que me parece.
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