E se a China não estiver a mentir?
É a questão colocada por Jorge Gonçalves, Prof. Catedrático de Farmacologia da Universidade do Porto. Uma questão que a mim se impôs desde o momento, há muito tempo, que os números publicados diariamente no site oficial da OMS afirmavam que a China, que está a conseguir sucessos espantosos nas mais diversas áreas científicas e tecnológicas, também estava a dominar o covid 19 de um modo que os restantes países do mundo, e muito principalmente a Europa e os Estados Unidos, não atingem.
Porque a China é uma ditadura e em ditadura é fácil conter a expansão do vírus através de medidas de isolamento inaceitáveis em países de prevalência democrática, afirmam uns.
Porque os chineses mentem, os números que declaram à OMS são falsos, argumentam outros.
Tinha, e continuo a ter, muitas dúvidas acerca destas explicações simplistas. Porque a China é muito grande em área e população e a concentração urbana aumenta a velocidade de transmissão da pandemia; por outro lado, o vírus é dissimulado e só dá conta de se ter instalado vários dias depois de ter infectado o hospedeiro.
Que poder têm os chineses para combater o vírus que o resto do mundo e, sobretudo a Europa e os Estados Unidos, não têm? O artigo do Prof. J. Gonçalves é mais uma treta idêntica a muitas outras que confundem as populações cansadas desta peste?
Espera-se que não. Espera-se que o Ocidente consiga entender, também neste domínio, por que razões os chineses lideram de forma inquestionavelmente expressiva o progresso científico e tecnológico.
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