"A indústria é o
único sector da economia que tem condições para criar emprego", escreveu o homem que foi um industrial bem sucedido, depois fez algumas incursões na política
Caiu-lhe em cima JB : "
Mas que idiotice mais chapada !!!!!!
O homem continua nos finais do século XIX …."
O homem continua nos finais do século XIX …."
Continuará, por esta afirmação que fez?
Transcrevo
da Wikipédia, mas posso retirar conclusão idêntica de outras fontes
insuspeitas: "Na Suíça, menos de 10% da população activa trabalha no
sector primário, embora seja fortemente apoiado pelo governo federal. Já
40% têm profissão na área secundária da indústria, na qual se incluem
produções de máquinas e metalúrgica, o têxtil e a relojoaria.
Continuam os suíços no século XIX?
Em Maio de 2012 escrevi isto?
Abstraindo-nos dos números, a que nos conduz uma reflexão acerca da trajectória do trabalho num mundo cada vez mais informático?
Que
actividades humanas são mais susceptíveis de serem automatizadas,
dispensando emprego?
Os bancos, a indústria seguradora, o turismo, ou a
construção civil, a metalurgia, a agricultura, a produção de software ou
a de hardware?
Há dias, num artigo publicado no Economist, perguntava-se: Por que é que os suíços estão a ser bem sucedidos nos semicondutores?
Mais ou menos nesse dia ouvia-se a notícia de que a Autoeuropa estava
parada por falta de semicondutores produzidos na Ásia.
Muitas
projecções indicam que a grande procura de trabalho no futuro vai
ocorrer em áreas da saúde, artificial intelligence, e outras requerendo
qualificações científicas altamente especializadas. Muita gente não
terá nem vocação nem capacidade para actividades científicas, além de
que não é esperável, além do mais, que é muito mais, que a espécie
humana deixa de comer, beber e andar de pópó.
2 comments:
Ilustre RF, permite-me que também eu publique o que já te escrevi em tertúlia privada...
Contrapondo, entendo que o que está em causa é a afirmação ”que só o sector industrial está em condições de criar emprego”, esquecendo a capacidade que sobretudo o “sector terciário” tem tido para empregar os trabalhadores tornados excendentários pelos ganhos de produtividade conseguidos pela automação e outros avanços da tecnologia industrial (aliás tal como aconteceu nos movimentos entre sectores primário e secundário na sequência da mecanização da agricultura).
É um processo que se aprofundará irreversivelmente a nível mundial como consequência da cada vez maior automação do processo produtivo.
Acontecerá a par de uma cada vez maior libertação da humanidade do trabalho penoso e do aumento dos tempos livres e da importância da oferta de serviços de lazer (mais uma vez sector terciário).
Outra coisa será a preocupação face à deslocação em massa das indústrias para países terceiros para exploração mais intensa da mão de obra disponível nas economias mais atrasadas, dada a vulnerabilidade e dependência estratégica que isso cria nas economias de origem.
Mas não é a isso que se refere no artigo publicado.
É um escrito com olor saudosista de outros tempos - tipo “classe operária” só a de “fato macaco” - e foi isso que provocou o meu comentário.
JB
Caríssimo,
Não, por acaso, dei como exemplo a Suíça.
Onde a indústria continua vigorosa sem dependência de trabalho mal remunerado.
E a agricultura, fortemente subsidiada, mantém uma paisagem que atrai os turistas apreciadores da natureza bem aproveitada.
Quanto à progressão do aumento do trabalho no sector terciário, mantenho as minhas dúvidas. Porque são, precisamente, esses serviços mais ameaçados pela automatização.
A menos que se informatizem os serviços do sector público com aumento do número de funcionários...
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