Monday, February 07, 2011

MÃOS LARGAS

A notícia acrescenta: Os aumentos “vão custar 6500 milhões de libras egípcias ao Tesouro”.

ou, mais propriamente, “vão custar 6500 milhões de libras egípcias aos egípcios".
A grande maioria deles é que não dá, para já, por isso.
E Mubarak sairá pelo seu pé quando quiser, se não demorar.

Talvez seja, afinal, a melhor saída. Para os egípcios e para todo o mundo.

5 comments:

António said...

Engana-se.
A raposa espreita o galinheiro.
A mesma raposa, em vários galinheiros.

rui fonseca said...

"A raposa espreita o galinheiro"

Suponho que estamos a dizer o mesmo, não?

António said...

Não me parece. Parece-me que você acha que a saída de Mubarak é uma coisa boa, para todos.
Mubarak, ainda é um tampão, uma barreira contra o Islamismo fundamentalista, ou lá como se queira chamar à barbárie que tem como exemplo o Irão e o Afeganistão.
Os de fora, a Nato, não consegue suster o avanço dos fundamentalistas. Talvez não lhe interesse.Mas isso é outra coisa.
Querer resolver problemas que não são deles, como faz o mr. Obama, quando nem os de casa consegue resolver, é a mania de quem se acha com a razão toda.
Tem de se esperar, fazer bem feito e impedir a raposa de roer a rede do galinheiro.Apesar de já lá ter um raposinho chamado Baradei.

rui fonseca said...

"acha que a saída de Mubarak é uma coisa boa, para todos"

Mubarak, até por razões de idade, não vai poder continuar a governar por muito mais tempo. Aliás, ele já declarou que não vai ser candidato em Setembro nem o filho dele.

Também não parece que seja possível que o regime continue sem Mubarak. O Egipto tem problemas sociais tremendos que não podem ser contidos indefinidamente. Por outro lado, quanto mais tempo perdurar a situação pobreza, desemprego de grande parte da população, que é predominantemente jovem, mais se consolida a posição da irmandade islâmica.

A evolução para uma sociedade democrática é portanto fundamental para conter a influência dos fundamentalistas. Mas envolve riscos.

Daí que a saída não imediata de Mubarak possa permitir a organização de outras forças políticas que venham a equilibrar a influência dos "religiosos".

António said...

Está melhor.

Nunca vai haver emprego para aquele pessoal todo. A Argélia está na mesma, ou pior. Não há futuro nenhum fora da pobreza para aquela gente.
Vai aparecer alguém a prometer o céu e virgens a granel e eles vão alinhar nisso.
Anseiam por uma vida à ocidental, à europeia, mas não pode ser.
Vai dar raia.
Por isso é melhor defender uma transição demorada que uma saída rápida.