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Há dezoito anos, em 4 de Janeiro de 2006, coloquei neste caderno de apontamentos - O MUNDO EMBUCHADO - alguns comentários a propósito do consumo de energia em Portugal, tendo como ponto de partida o delírio das iluminações natalícias em Lisboa e as discretas luzes de Natal que observava em Washington DC, onde me encontrava nessa altura.
Noticia o Público de hoje que
Climáximo desligou na noite de sábado luzes de Natal em pontos movimentados de Lisboa. Porta-voz da acção defende que “a melhor prenda que se pode oferecer neste Natal é entrar em resistência”.
Nem sempre as manifestações dos movimentos ambientalistas favorecem os seus propósitos.
Muitos actos de protesto, geralmente aqueles que são objecto de notícia global, contra a quase indiferença generalizada dos governantes do mundo perante a destruição da vida do planeta, em consequência de comportamentos humanos, têm efeitos contrários junto da generalidade da opinião pública e são, portanto, estúpidos.
Não é o caso da notícia do Público que relata uma iniciativa pacífica sobre um assunto muito sério e, por isso mesmo, inteligente.
Pena é que, sendo inteligente, terá pouco impacto.
Provavelmente, não terá nenhum.
Provavelmente, não chega a ser notícia.
Provavelmente, o mundo não se guia por actos inteligentes.
Ainda a propósito do meu apontamento, há dezoito anos: Mudou-se alguma coisa neste mundo neste lapso de tempo?
Provavelmente, a única mudança permitida é aquela sugerida pelo príncipe de Falconeri: "tudo deve mudar para que tudo fique como está".
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