Obviamente, os derrotados na tentativa de golpe neutralizado em 25 de Novembro de 1975.
Em 28 de Maio de 1926 os militares, comandados pelo general Gomes da Costa ocuparam o poder assumindo-se Gomes da Costa Chefe de Estado menos de um mês depois, em 17 de Junho.
Gomes da Costa dissolve o parlamento e suspende as liberdades políticas individuais, abrindo o caminho para um regime ditatorial. Divergiram os cúmplices do golpe com o caminho a prosseguir, e Gomes da Costa é apeado e substituido por outro general, Óscar Fragoso Carmona, que, por não se entenderem, nem ele nem os que o rodeavam, com a gestão da situação económica e financeira, convidaram Salazar para Ministro das Finanças. Salazar reequilibrou as contas do Estado e em 5 de Julho de 1932 é Presidente do Conselho de Ministros, Carmona mantém-se como Chefe de Estado. Será substuido, por ter falecido, pelo General Craveiro Lopes. A Craveiro Lopes, que perdera a confiança de Salazar, sucede o Almirante Américo Tomaz.
O golpe militar de 25 de Abril de 1974, de mais notável, devolveu aos portugueses a liberdade de expressão e intervenção pública. Os militares, contudo, mantiveram-se, desentendendo-se e provocando alterações radicais no tecido económico do país, nos sucessivos governos provisórios, sem confirmação de mandato público em eleições livres, que só se realizariam em 25 de Abril de 1975.
Em 25 de Novembro de 1975, foi abortada uma rebelião que prosseguia a intenção de reinstalar no país uma nova ditadura, desta vez orientada para um regime soviético. O General Ramalho Eanes emerge como comandante de neutralização do golpe e em 14 de Julho de 1976 é eleito Presidente da República.
Contas feitas, o país foi submetido a um regime de ditadura tutelada pelos militares durante 50 anos. Só em 25 de Novembro de 1975 foi iniciado o processo de devolução plena aos portugueses, em 1976, dos direitos usurpados pelos militares em 28 de Maio de 1926.
3 comments:
Muito bem, de acordo. Só não com tudo, porque essa de sugerires que antes do 28 de Maio de 1926 os portugueses estavam na plena posse dos seus direitos é obra!
Que direitos, com tumultos diários em Lisboa e noutras localidades?
É verdade que os tempos que se seguiram à implantação da República foram politicamente agitados e, em 5 Dezembro de 1917, o golpe de Estado liderado por Sidónio Pais derrubou o Presidente Bernardino Machado. Sidónio Pais viria a ser assassinado em 14 de Dezembro de 1918 e os tempos que se seguiram foram tempos conturbados por confrontações políticas, germinando o golpe militar de 28 de Maio de 1926 num ambiente europeu onde despontavam as ideias totalitárias do fascismo, nazismo, ...
Tal como hoje.
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