O kitsch vende na Internet
Como se numa realidade paralela, que é a
do digital, fala-se de uma nova arte, a criptoarte, mas, a julgar pelas
obras, o escândalo é mais económico do que estético.
Obra "#444 - The Fork" do artista português Rodolfo Oliveira
Uma nova arte ou (apenas) mais um modo de mostrar, circular e vender
produtos? A pergunta é pertinente no lastro da notícia que chegou da
Internet e da Christie's. A casa leiloeira britânica vendeu uma obra digital intitulada Everydays — The First 5000 Days, uma colagem de imagens que o artista americano Beeple (Mike Winkelmann) colocou online
desde 2007. Um comprador conhecido como Metakovan, arrecadou o trabalho
por 69,3 milhões de dólares, mas a compra não se realizou com a moeda
oficial dos EUA. O que possibilitou a transacção foi uma criptomoeda
conhecida como ether.
Em poucas horas, o acontecimento estava transformado em notícia: a venda ultrapassara os recordes anteriores da Christie’s (Jeff Koons e David Hockney), mas a obra em causa, Everydays — The First 5000 Days não era uma pintura ou uma escultura, antes um arquivo de imagem, um .jpg. Em
termos visuais, nada tinha de singular ou disruptivo: tratava-se,
simplesmente, de uma imagem digital composta de várias imagens digitais,
passível de ser reproduzida e distribuída. Mas aquela venda foi
descrita, pela leiloeira e pelo artista, como um objecto não fungível,
no original, em inglês, um non-fungible token (NFT), isto é, uma coisa não trocável, único.
(c/p aqui)
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Mas isto é arte?
Se dizem que é arte, é arte.
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Inútil seguir vizinhos,
que ser depois ou ser antes.
Cada um é seus caminhos.
Onde Sancho vê moinhos
D. Quixote vê gigantes.
Vê moinhos? São moinhos.
Vê gigantes? São gigantes.
que ser depois ou ser antes.
Cada um é seus caminhos.
Onde Sancho vê moinhos
D. Quixote vê gigantes.
Vê moinhos? São moinhos.
Vê gigantes? São gigantes.
c/p aqui
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