Soube-se esta manhã que as autoridades americanas colocam em causa os últimos dados apresentados pelos cientistas da Universidade de Oxford, parceira da AstraZeneca no desenvolvimento da vacina desta farmacêutica.
Esta revelação vem reacender a polémica recente sobre as interrupções de aplicação da vacina em vários países europeus, incluindo Portugal.
Se a interrupção da aplicação da vacina foi vista no UK como uma retaliação da UE no processo controverso de distribuição das vacinas daquela farmacêutica, colocando em causa a eficácia da vacina AstraZeneca, o que dirão agora os britânicos da notícia hoje divulgada procedente do amigo do outro lado do Atlântico?
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c/p Economist
Whether the company reported rosier data than it should have is unclear
A BAFFLING CONTROVERSY has unfolded over AstraZeneca’s covid-19 vaccine. On the morning of March 22nd, the company announced positive results about the jab’s safety and efficacy from a clinical trial with 32,000 people conducted mostly in America. But late that night the National Institute of Allergy and Infectious Diseases (NIAID), an American government agency that funded the trial, issued a vaguely worded statement that questioned the company’s announcement. AstraZeneca, it said, “may have included outdated information” which “may have provided an incomplete view of the efficacy data”.
Not much clarity has emerged so far, officially. On March 23rd AstraZeneca (which developed its jab with a team at Oxford University) responded that the results in question were from a “pre-specified interim analysis” of data up to February 17th. Such reporting milestones are standard in clinical trials. The company promised to publish more data within 48 hours. A preliminary analysis of that forthcoming data, it said, had found that the results were “consistent” with what it published.»
--- act. 25/03
Covid-19. AstraZeneca baixa eficácia da vacina para 76% após estudo nos EUA
A farmacêutica reviu em baixa a eficácia da vacina: os
primeiros dados davam conta de uma eficácia de 79%; os últimos de uma
eficácia de 76%. Os EUA registaram mais de 30 milhões de casos desde o
início da pandemia. A partir das 00h de sexta-feira deixa de ser
possível circular entre concelho. - aqui
'One mistake after the other.' How AstraZeneca went from pandemic hero to villain - aqui
London (CNN Business)After teaming up with Oxford University, AstraZeneca produced a safe and effective Covid-19 vaccine in just nine months, a huge achievement that will help end the pandemic. But a series of missteps along the way has led to scathing criticism from policymakers and health officials, tarnishing the company's image as a hero of the coronavirus era.
Leap of faith
Misstep after misstep
Tough path forward
--- 30/03
Canadá suspende vacina da AstraZeneca em menores de 55 anos - aqui
O Canadá vai deixar de administrar, temporariamente, a vacina da
AstraZeneca/ Universidade de Oxford a menores de 55 anos. A decisão foi
tomada esta segunda-feira após uma recomendação da Comissão Consultiva
Nacional para a Imunização, que alega "razões de segurança". Os
especialistas temem que a vacina aumente o risco de formação coágulos
sanguíneos.
"Existe uma incerteza substancial sobre os benefícios de administrar a vacina da AstraZeneca contra a covid-19 a adultos com menos de 55 anos, devido aos riscos potenciais", afirmou Shelley Deeks, vice-diretora do Comité, citada pela imprensa internacional.
Os receios dos especialistas aumentaram após terem sido
conhecidos dados provenientes da Europa, que sugerem que o risco de
formação de coágulos sanguíneos é de um em cada 100 mil casos. Até
agora, o risco considerado era de um em cada um milhão de casos.
Segundo a organização canadiana, a maior parte das pessoas vacinadas
com a AstraZeneca que desenvolveram coágulos sanguíneos são mulheres
com menos de 55 anos. A taxa de mortalidade nestes casos é de 40%. Até
ao momento, não foram reportados casos no Canadá. Na província de
Ontário, a mais populosa do país, só maiores de 60 anos foram vacinados
com a AstraZeneca.
Joss Reimer, um dos responsáveis pela task force de vacinação no
Canadá, diz acreditar que os "benefícios da vacina, em todas as idades,
ultrapassam os riscos". No entanto, os especialistas querem receber mais
dados da Europa para avaliar "ao certo" o grau de risco.
Região de Berlim suspende vacina AstraZeneca após nove mortes na Alemanha - aqui
As autoridades alemãs detetaram 31 casos
de trombose em pessoas que receberam a vacina contra a covid-19 da
AstraZeneca, das quais nove morreram, e o estado alemão de Berlim voltou
a suspender o fármaco para maiores de 60 anos.
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O Instituto Paul-Ehrlich, centro de referência em vacinação na Alemanha, constatou que em 19 casos foi detetada uma deficiência de plaquetas no sangue, indicando que dos nove mortos apenas dois eram homens, com 36 e 57 anos, e todos os outros casos de trombose venosa sinusal surgiram em mulheres com idades entre os 20 e os 63 anos, de acordo com a peça da Der Spiegel.
Perante estes dados, o estado alemão de Berlim suspendeu de novo o uso da vacina com o produto da AstraZeneca para maiores de 60 anos, e Dilek Kalayci, principal responsável do departamento de saúde da região, explicou que se tratava de uma medida de precaução, antes de uma reunião de todos os 16 estados da Alemanha onde o tema será discutido.
Relatos de formas pouco comuns de coágulos sanguíneos na cabeça, conhecidos como trombose da veia sinusal, levaram vários países europeus, incluindo Portugal, a suspender temporariamente o uso da vacina da AstraZeneca, no início deste mês.
Após uma revisão do fármaco por parte de especialistas da Agência Europeia de Medicamentos, foi concluído que os benefícios da vacina superavam os riscos, embora tenha sido recomendado que médicos e pacientes deviam ser alertados para possíveis efeitos colaterais raros.
De acordo com o instituto de virologia Robert Koch, na Alemanha, um total de 2,7 milhões de pessoas já receberam doses desse fármaco.
Na Alemanha, 3.877.914 pessoas receberam as duas doses de qualquer vacina contra a covid -19, 4,7% da população, e 9.001.925 (10,8%), pelo menos uma.
Nas últimas 24 horas, 123.170 pessoas na Alemanha receberam a primeira dose da vacina e outras 44.522, a segunda.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.792.586 mortos no
mundo, resultantes de mais de 127 milhões de casos de infeção, segundo
um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
--- 31/03
Covid-19. Vacina da AstraZeneca muda de nome na Europa
Regulador europeu autorizou esta alteração.
A vacina contra a covid-19 da AstraZeneca mudou de nome da Europa e chama-se agora Vaxzevria.
A mudança foi aprovada pela Agência Europeia do Medicamento, a pedido da farmacêutica anglo-sueca.
O novo nome surge depois de várias polémicas com a vacina, desde atrasos nas entregas à suspensão em vários países por suspeitas de formação de coágulos em pessoas vacinadas.
A mais recente suspensão da vacina aconteceu em hospitais de Berlim e Munique, que anunciaram esta terça-feira a administração em mulheres com menos de 55 anos. Também o Canadá suspendeu, na segunda-feira, a vacina a menores de 55 anos.
- Vacina AstraZeneca. Regulador francês afirma que risco de trombose é raro
- Confronto direto entre a União Europeia e o Reino Unido por causa da AstraZeneca pode estar para breve
- Bruxelas exige que AstraZeneca recupere atrasos nas vacinas
- Covid-19: AstraZeneca baixa eficácia da vacina para 76% em estudo nos EUA
---- 31/03 - Vacina da Astrazeneca muda de nome
Vacina da Astrazeneca muda de nome. Passa a chamar-se Vaxzevria
Além da mudança do nome, “foi incluída na informação sobre o produto um aviso sobre eventos de coágulos sanguíneos específicos muito raros", numa altura em que estão em curso mais investigações.
A vacina da AstraZeneca contra a Covid-19 passou a denominar-se Vaxzevria após o aval da Agência Europeia do Medicamento (EMA), anunciou esta terça-feira o regulador, divulgando que até quinta-feira passada tinham sido administradas 10 milhões de doses deste fármaco.
A informação sobre a nova designação desta vacina – envolta em polémica por a farmacêutica ter falhado o acordado com Bruxelas sobre entregas para a União Europeia (UE) e pelo surgimento de coágulos sanguíneos em vacinados – consta de uma atualização ao produto, publicada esta terça-feira pela EMA.
Nessa atualização sobre o fármaco datada de segunda-feira, a EMA divulga que, além da mudança do nome, “foi incluída na informação sobre o produto um aviso sobre eventos de coágulos sanguíneos específicos muito raros, enquanto estão em curso mais investigações sobre uma possível relação causal com a vacina”.
“As pessoas vacinadas devem procurar atenção médica imediata se ocorrerem sintomas de coagulação e/ou hemorragia do sangue”, reforça o regulador no documento, insistindo que “os benefícios da Vaxzevria na prevenção da Covid-19 continuam a superar os riscos”.
Nesta atualização, a EMA refere ainda que, desde a aprovação da vacina na UE em 29 de janeiro passado e até à passada quinta-feira, “mais de 10 milhões de doses de Vaxzevria foram administradas na UE e Espaço Económico Europeu“, muito abaixo das 120 milhões de doses acordadas entre a farmacêutica e a Comissão Europeia para este primeiro trimestre.
Outra polémica esteve relacionada com os episódios de aparecimento de coágulos sanguíneos e da morte de pessoas inoculadas com este fármaco, que levaram a maioria dos países europeus, incluindo Portugal, a suspender por uns dias a administração desta vacina, situação ultrapassada após a garantia da EMA de que é “segura e eficaz”.
Da informação do produto emitida pela EMA consta agora a indicação de que “foi observada muito raramente uma combinação de trombose e trombocitopenia, em alguns casos acompanhada de hemorragias, após a vacinação com Vaxzevria”, pelo que os profissionais de saúde “devem estar atentos aos sinais e sintomas”.
No que toca à campanha de vacinação europeia, até à passada quinta-feira, 18,2 milhões adultos dos perto de 400 milhões de cidadãos da UE tinham já recebido a segunda dose da vacina contra a Covid-19, levando a que só 4,1% da população europeia estivesse completamente imunizada.
Bruxelas atribuiu estes níveis baixos de inoculações aos problemas de entrega das vacinas da Vaxzevria para a UE, exigindo que a farmacêutica recupere os atrasos na distribuição e honre o contratualizado.
A meta de Bruxelas é que, até final do verão, 70% da população adulta esteja vacinada. Os dados divulgados pela instituição na passada quinta-feira revelaram também que foram já administradas 62 milhões de doses de vacinas em relação às 88 milhões distribuídas.
Atualmente, estão aprovadas quatro vacinas na UE: Pfizer/BioNTech (Comirnaty), Moderna, Vaxzevria e Janssen (grupo Johnson & Johnson, ainda não está em distribuição).
Até ao final deste primeiro trimestre, de acordo com Bruxelas, chegarão à UE quase 100 milhões de doses de vacinas, a grande parte da Pfizer/BioNTech (66 milhões, mais do que os 65 milhões inicialmente acordadas), da Vaxzevria (30 milhões de um total de 120 milhões inicialmente acordadas) e da Moderna (10 milhões).
Para o segundo trimestre, a expectativa do executivo comunitário é que cheguem 360 milhões de doses à UE, principalmente da Pfizer/BioNTech (200 milhões), da Vaxzevria (70 milhões de um total de 180 milhões inicialmente acordadas), da Janssen (55 milhões) e da Moderna (35 milhões)
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