Do Washington Post de hoje, retirei esta manhã esta questão:
- Could Ukraine keep fighting even without U.S. support? -
Consegue a Ucrânia continuar a lutar sem o apoio dos EUA?
Não vou transcrever o artigo, que está acessível através do link. Limitar-me-ei a indicar as conclusões que o artigo me sugere, não as que o artigo aponta.
A resposta é: não consegue.
E não consegue porque o apoio dos EUA, isto é, de Trump, passará a ser dado à Federação Russa, isto é, a Putin, nomeadamente o levantamento de todas as sanções económicas.
Trump não se meteu nas negociações para ser mediador nas conversações para a paz mas para fazer negócios.
E, neste caso, cada vez mais que provável, a Ucrânia terá pela frente os EUA aliados à Rússia, perante a impotência da Europa liberal, democrática, que poderá assistir às negociações sem capacidade de intervenção nos planos previamente acordados entre Putin e Trump.
Resignar-se-á Zelensky e o povo ucraniano que muito maioritariamente o apoia a este diktat?
Penso que não.
E e a guerra continuará sem fim pacífico à vista.
Putin ordenou nestes três últimos anos tanta destruição e atingiu tantas vítimas que suscitaram tanta animosidade entre russos e ucranianos (povos irmãos, segundo Putin, antes da "operação militar especial") que nenhuma proposta de negociação de paz coordenada pelos instintos do magnata comerciante norte-americano pode sequer amenizar.
Aliás, este acordo bilateral forjado entre Trump e Putin terá um alcance que extravasa as consequências da invasão da Ucrânia pela Rússia. Será precedente da legitimação da absorção do Canadá e da Gronelândia pelos EUA e de Taiwan pela China?
Xi Jinping espera, sem interferir, que a Ilha Formosa lhe seja dada de bandeja .
Entretanto, esta tarde, pode ler-se aqui:
O Presidente russo, Vladimir Putin, mostrou-se hoje favorável à participação dos europeus na resolução do conflito na Ucrânia e a investimento norte-americano para explorar minerais estratégicos nos territórios ucranianos ocupados pelo exército russo.
Se assim acontecer, Trump exibirá a derrota da Ucrânia como um troféu conquistado pelas suas capacidades de negociador detentor dos próximos destinos do mundo.
Ou talvez não.

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