Monday, October 04, 2021
FREGUESIAS
M:
Tenho, há muitos anos, acerca das atribuições das juntas de freguesia, sobretudo
das urbanas, uma ideia muito diferente daquelas que vejo geralmente enaltecidas.
Dizes que estás muito satisfeito por continuar a ter o Pedro Costa a presidir à
tua freguesia, onde tem continuado o excelente trabalho do agora deputado
Cegonho. O que me coloca, a propósito das competências das juntas de freguesia (
sobretudo das urbanas) uma interrogação não são os nomes dos eleitos, quaisquer
que eles sejam, mas "o excelente trabalho" que eles (presidentes das juntas de
freguesia) podem realizar. Pergunto, porque não sei. Resido aqui há 22 anos,
numa freguesia urbana, depois de ter residido 29 noutra freguesia urbana. Nunca
precisei de entrar nem numa nem noutra. Parece que isso se deve ao facto,
segundo me disseram, de não ter cão nem gato. Mas devo acrescentar, em abono da
verdade, que há dias, antes das eleições de domingo, observei que dois moços,
com identificação da freguesia nas costas dos seus fatos de trabalho, cortavam a
relva num canteiro nas proximidades da rua por onde passo frequentemente, um
deles com soprador/juntador de folhas caídas (um trabalho com eficiência digna
de ser observada) enquanto o outro conduzia um corta-relva. O canteiro,
triangular, tem, segundo os meus cálculos, base vezes altura a dividir por dois,
cerca de oitenta metros quadrados. E mais não sei. E comecei a trabalhar, tinha
catorze anos, duas horas ao fim da tarde, como escriturário (único) de uma junta
de freguesia rural, a maior do concelho. Naquele tempo, todos os trabalhos eram
realizados com pá e pica, não havia meios mecânicos. Aliás, o edifício da Junta
foi totalmente construído, gratuitamente, evidentemente, pelos residentes do
lugar. O mundo das freguesias deve ter mudado muito e eu não dei por isso.
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