Wednesday, December 11, 2019

EVOLUÇÃO


"... Uma pintura rupestre com pelo menos 44 mil anos encontrada numa gruta na ilha de Celebes, na Indonésia, é a pintura figurativa mais antiga que se conhece. E não só: é também a representação mais antiga de uma cena de caça e a primeira em que se mistura o corpo de humanos com o de animais. Estas são as conclusões de uma equipa de cientistas da Austrália e da Indonésia num artigo científico publicado esta quinta-feira na revista Nature. Há pouco mais de um ano a mesma equipa tinha anunciado que a pintura figurativa tinha à volta de 40 mil anos e era da ilha de Bornéu ..." - cf. aqui


Compare-se este encontro com o entusiasmo despertado pela colagem com fita gomada de uma banana esta semana numa exposição em Miami.

Tanto que se tornou viral.





Pedra encontrada na África do Sul tem o desenho humano mais antigo 



Pedra descoberta na caverna de Blombos, no litoral da África do Sul, tem linhas em pigmento vermelho que foram desenhadas há cerca de 73 mil anos 

Linhas vermelhas na lasca de pedra formam o desenho mais antigo já encontrado

Uma pequena lasca de pedra marcada por linhas entrecruzadas vermelhas de pigmento ocre cerca de 73 mil anos atrás, encontrada em uma caverna do litoral sul da África do Sul, representa o que arqueólogos classificaram nesta quarta-feira (12) como o exemplo mais antigo que se conhece de um desenho humano.
O desenho abstrato, que lembra vagamente um jogo da velha, foi feito por caçadores-coletores que viveram periodicamente na Caverna Blombos, que tem vista para o Oceano Índico e se localiza cerca de 300 quilômetros a leste da Cidade do Cabo, disseram os pesquisadores. Ele é ao menos 30 mil anos mais velho do que os desenhos mais antigos conhecidos.
Embora pareça rudimentar, o fato de ele ter sido esboçado tanto tempo atrás é significativo, sugerindo a existência de capacidades cognitivas modernas em nossa espécie, o Homo sapiens, durante uma época conhecida como Idade da Pedra Média, segundo os pesquisadores.
O desenho de linhas cruzadas feito com ocre, um pigmento usado por nossa espécie há ao menos 285 mil anos, consiste de uma série de seis linhas retas cruzadas por três linhas ligeiramente curvadas. A lasca de pedra de textura áspera mede cerca de 3,86 centímetros de comprimento por 1,28 centímetro de largura.
"O término abrupto de todas as linhas nas bordas do fragmento indica que o desenho original se estendia sobre uma superfície mais larga. O desenho provavelmente era mais complexo e estruturado em sua totalidade do que nesta forma truncada", disse o arqueólogo Christopher Henshilwood, da Universidade de Bergen, na Noruega, e da Universidade de Witwatersrand, na África do Sul, que conduziu a pesquisa publicada no periódico científico Nature.
"Hesitaríamos em chamá-lo de arte. Com certeza é um desenho abstrato, quase certamente tinha algum significado para seu criador e provavelmente formava parte do sistema simbólico comum entendido por outras pessoas do grupo", acrescentou Henshilwood.
Entre os outros artefatos da Caverna Blombos de idade semelhante estão peças de ocre gravadas com desenhos abstratos que lembram aquele desenhado na pedra e contas cobertas de ocre. Datados de 100 mil anos atrás, os artefatos incluem uma tinta vermelha à base de ocre.
"Todas estas descobertas demonstram que o Homo sapiens primitivo do sul do Cabo usou técnicas diferentes para produzir desenhos semelhantes em meios diferentes", disse Henshilwood.
O Homo sapiens surgiu mais de 315 mil anos atrás na África, migrando mais tarde para outras partes do mundo.
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