Friday, November 16, 2018

POR 90 MILHÕES DE DÓLARES








5 comments:

Luciano Machado said...

Parece que foi a venda mais alta de um artista vivo.Tenho andado às voltas com a escrita de artigo sobre arte para publicação na revista da Universidade Sénior, com um parágrafo sobre o tema do valor, leia-se preço, das obras de arte. Esse parágrafo é o responsável pelo atraso em que já incorro. Podes dar uma ajuda? Abraço.

Rui Fonseca said...

Caro Luciano,

Suponho que já dei opinião sobre o assunto: as obras, como tudo, valem, em termos monetários, o que dão por elas.
Quanto vale a Mona Lisa?
Ninguém sabe porque não està à venda. Claro que para efeitos de apólices de seguros alguns critérios serão aplicáveis sem que daí se possa inferir que os valores considerados seriam confirmados pelo mercado se essas obras fossem submetidas às licitações em leilão.

abç

Luciano Machado said...

Amigo Rui,
Eu sei que quando alguém tem algo para vender pode fazê-lo pelo preço que outro alguém, que pretende comprar, está disposto a pagar a que os marginalistas acrescentavam que esse preço deveria corresponder à utilidade marginal do bem .
Mas será que este modelo de mercado perfeito se aplica às obras de arte?
Claro que falar de obras como a Mona Lisa, nem as próprias seguradoras estarão interessadas em arbitrar um valor para elas. Mas a arte, em geral, vive um momento de expansão provocado por movimentos especulativos. Será que estamos em presença de uma bolha?
Abraço

Rui Fonseca said...

Aplica, caro Luciano.
Conheces algum modo de distorcer os resultados de um leilão de arte?
Não há bolha, o que há é uma crescente acumulação de riqueza.

Luciano Machado said...

...Que à falta de aplicações lucrativas na economia real são "inventadas" novas aplicações que se vão valorizando até que todos comecem a querer vender.
Rui, sabes que há vários tipos de potenciais compradores de Arte, os verdadeiramente entendidos e que gostam de poder tem em casa obras de que verdadeiramente gostam e que por isso lhes atribuem valor (que eu diria que são uma minoria);os que compram porque o vizinho comprou e os que compram para aplicar dinheiro tão só.
É este último grupo que domina os leilões ou seja o mercado.
Pelo meio há os agentes que promovem o produto.
Não tem isto muita semelhança com o mercado imobiliário?
Eu acho que sim.
Abraço