A entrevista de ontem, 2005-12-05, ao “Público” é uma antologia condensada do pensamento soarista.
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Público – Contudo as políticas sociais são definidas pelo Governo, não pelo Presidente.
M. Soares – Isso é verdade, mas a conflitualidade (supõe-se que MS queria dizer conflituosidade) social pode ser evitada por alguém que saiba evitá-la. Cavaco Silva até está a fazer um esforço para falar em temas que são meus, mas é porque lhe disseram que era necessário apanhar um bocado do eleitorado da esquerda, já que a maioria sociológica é de esquerda.
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Público – Já houve privatizações a mais?
M. Soares – Tive o gosto de ver que Cavaco Silva concordou comigo, mas eu disse primeiro.
Numa perspectiva muito benevolente dir-se-ia que quem muito dura chega à segunda infância.
Mas não é o caso.
Uma das características de Mário Soares, para o bem e para o mal, sempre foi o de sentir-se e querer-se o “dono da bola”. E agarra-se a ela como se a ninguém mais assista o direito de jogá-la.
1 comment:
Este país é uma tristeza. As figuras que se fazem quando já nem o Presidente da República manda nada!
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