"A guerra é uma mera continuação da política por outros meios” - Clausewitz
O Expresso/Revista de ontem publica - Vlad, o invasor - de Niall Ferguson, historiador, autor de “A Guerra do Mundo - Uma Idade Histórica de Ódio”, que conclui:
Pode dizer-se que isso foi a história da Ucrânia: voltar ao tempo de Pedro, o Grande. E é certamente a forma como o czar Vladimir pretende que a última tentativa da Ucrânia para conseguir a independência termine. Se for bem-sucedido, a responsabilidade recai fortemente sobre os líderes ocidentais, que se esqueceram de Clausewitz e quiseram fugir à guerra.”
Clausewitz viveu, combateu e escreveu no século dezanove.
E, no entanto, a invasão da Ucrânia que ameaça entrar esta noite ou amanhã em Kyiv, tem excitado estrategas ocasionais, que vão desde aqueles que a imputam a responsabilidade desta guerra ao Ocidente por ter apoiado e estar a apoiar a determinação (para estes, ilegítima) dos ucranianos de negarem a sua integração na esfera do império czarista de Pedro, o Grande, que Putin quer reconquistar, até aos que acusam o Ocidente de ter abandonado a Ucrânia porque fugiu à guerra (expressão do autor do artigo, que muitos subscreverão).
Esquecem os falcões de bancada que um confronto bélico entre o Ocidente e Putin dificilmente poderia (poderá?) não resvalar para uma terceira e última guerra mundial. Clausewitz não conhecia nem sonhava que a inteligência da espécie humana foi desde há oito décadas suficientemente estúpida para desenvolver armas capazes de eliminar totalmente a espécie.
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