A Câmara dos Representantes no Congresso dos EUA aprovou ontem, por maioria significativa, 232 votos a favor, 197 contra, o segundo "impeachment" a Trump. Votaram a favor 222 democratas e 10 republicanos. Os argumentos apresentados pela acusação sustentam-se em factos que todo o mundo testemunhou; a defesa refugiou-se, sobretudo, na necessidade de reconciliação que impeça confrontos com consequências imprevisíveis; ouviu-se poder haver o perigo de guerra civil se Trump for condenado.
Agora o processo vai para o Senado, com igual número (50) de senadores republicanos e democratas, a eventual condenação de Trump não depende do voto de desempate do (da) vice-presidente porque, neste caso é requerida uma maioria de dois terços.
Haverá, entre os republicanos suficiente dignidade para resgatar a honra do país, arrastada para a lama pelos sucessivos comportamentos impróprios da presidência de um país democrático, rematados pelo incitamento às hordas racistas, extremistas, alucinadas pelas falsidades propagadas vezes sem conta pelo seu guru? Ou a indignidade é tão extensa entre os senadores republicanos que, cegamente, permitirão que o seu país continue subjugado à tirania de um vilão candidato a ditador, e que o seu partido se estilhace?
Veremos.
E veremos, se para resgatar a dignidade do país no contexto mundial, o ímpeto cego da perversidade só será contido pelas instituições jurídicas nas múltiplas sedes onde possa vir a ser chamado a prestar contas.
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