Sintra, 17 de dezembro de 2018
Querida R.M.,
Querida D.F.,
O Natal é já de hoje a uma
semana.
Lamentavelmente, há mais de dois
anos que continuamos sem poder ver-vos e, pela mesma incompreensível razão, não
vamos poder estar convosco durante este Natal, que, para toda a gente de boa
vontade, é a festa da família, aquela que reúne os pais, os filhos, os netos,
os tios, os primos.
Queridas netas: também vocês,
para além da vossa mãe, têm um pai que vos ama e suporta uma tristeza imensa
por não vos ver, avós que muito vos adoram, tios que muito gostariam de vos
abraçar, primos que adorariam brincar com vocês. Mas, mais uma vez, o vosso
Natal não será uma festa de família e o nosso Natal estará profundamente
magoado pela vossa ausência.
Não vamos alongar mais esta
mensagem que, muito provavelmente, não vos será entregue e muito menos lida mas
permanecerá viva nas nossas memórias, arquivada nas nossas lembranças e nos
nossos registos. Um dia, temos muita esperança, vocês saberão onde poderão
lê-la.
Enviamos umas pequenas
recordações, de valor simbólico, como costumamos fazer todos os anos. E
continuaremos enquanto vivermos, magoados mas esperançosos num futuro menos
carregado de saudades de vos ver.
Muitos beijinhos
Avó I.
Avô R.
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