- É curioso, muito curioso, tenho um paciente numa situação clínica semelhante à sua, é avô, e tem um filho que está preso em Macau em consequência de um erro do tribunal, as autoridades macaenses já reconheceram o erro, pediram desculpas mas o homem continua encarcerado à espera que as formalidades burocráticas o libertem.
Esse avô, apesar da sua situação clínica, deslocou-se de Lisboa a Macau para visitar o filho. Viu-o numa cela em conjunto com outros presos, vinte, se bem me recordo falou-me em vinte, e teve de voltar sem ter a oportunidade da alegria de abraçar o filho em liberdade.
E tudo isto, porquê?
Porque a mulher, uma macaense de quem teve um filho, ou dois, não sei precisar, acusou o pai das crianças de as molestar. Foi-lhe imediatamente ordenado não se aproximar mais do local onde residiam e, pouco depois, foi preso. Está preso há um ano e meio, agora à espera que os burocratas o libertem.
Entretanto, a mulher voou para Portugal e, segundo se supõe, reside agora na área de Lisboa.
...
Há mulheres, muitas mulheres, que são vítimas de atrocidades daqueles com quem vivem ou intimamente se relacionam, que em alguns casos provocam a morte.
Mas também há mulheres víboras.
Silenciosas e perversas, que atacam até engolir todos os que vê à sua volta.
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