Tuesday, July 15, 2025

A FÉ É QUE NOS SALVA?

 L.,

"Tenhamos fé na consciência da geração que hoje detém o poder!", dizes tu, L., a rematar o teu comentário, que te agradeço.
Mas que fé (eu diria que esperança, um pilar que mais comumente segura o homem) poderemos ter em quem continua a aumentar e sofisticar o poder de destruição dos seus arsenais nucleares?
Para os colocar num museu?

Houve um tempo, que tu referes, em que houve mobilização contra o perigo da guerra nuclear ("make love not war"), houve acordos, concretizados, de redução dos arsenais
nucleares, houve esperança, mas só durou até nova corrida aos armamentos. Hoje, o mundo nunca esteve tão próximo da destruição total.

A conscencialização da juventude, repito, aquela que mais perde, deve ser feita por quem tem acesso aos canais de informação responsável. Não o faz porquê? Porque o mundo caminha como sonânbulo para o abismo. E ninguém o acorda. 

Já escrevi isto dezenas, talvez centenas de vezes, aqui no Aliás.
Prefere, quem me lê ou não lê, a pequena intriga política, a discussão futeboleira, os casos dos tabloides.
Tu referes que a educação pode levar gerações. Pois pode. Mas a guerra nuclear pode ser desencadeada de um momento para o outro.

Tens dúvidas?