L.,
"Tenhamos fé na consciência da geração que hoje detém o poder!", dizes tu, L., a rematar o teu comentário, que te agradeço.
Mas
que fé (eu diria que esperança, um pilar que mais comumente segura o homem) poderemos ter
em quem continua a aumentar e sofisticar o poder de destruição dos seus
arsenais nucleares?
Para os colocar num museu?
Houve um tempo,
que tu referes, em que houve mobilização contra o perigo da guerra
nuclear ("make love not war"), houve acordos, concretizados, de redução
dos arsenais
nucleares, houve esperança, mas só durou até nova
corrida aos armamentos. Hoje, o mundo nunca esteve tão próximo da
destruição total.
A conscencialização da juventude, repito, aquela que mais perde, deve ser feita por quem tem acesso aos canais de informação responsável. Não o faz porquê? Porque o mundo caminha como sonânbulo para o abismo. E ninguém o acorda.
Já escrevi isto dezenas, talvez centenas de vezes, aqui no Aliás.
Prefere, quem me lê ou não lê, a pequena intriga política, a discussão futeboleira, os casos dos tabloides.
Tu referes que a educação pode levar gerações. Pois pode. Mas a guerra nuclear pode ser desencadeada de um momento para o outro.
Tens dúvidas?